Selecções africanas no Mundial: balanço.


Analisando a prestação das selecções africanas no mundial, posso adiantar que ela foi positiva, do ponto de vista da imagem deixada e tendo em conta os participantes, embora essa positividade já não se aplica quanto aos resultados esperados.
Angola, na sua estreia no mundial, conseguiu dois pontos, resultantes de dois empates e uma derrota. Um dos empates foi contra o México, 4º classificado no ranking da FIFA. Apenas sofreu dois golos, tendo marcado um, o que se revela de muito positivo e gratificante a sua prestação.
O Togo não teve igual sorte e saiu do Mundial vergado a três derrotas e apenas um golo marcado, tendo encaixado sete tentos. Os vários problemas extra-futebol que atacaram a equipa foram determinantes na sua prestação em campo, assim como a falta de experiencia.
A Tunisia não conseguiu ultrapassar o estigma da fase seguinte e ficou pelo caminho, outra vez, sem conseguir passar aos oitavos. Esperava-se mais do que um empate e duas derrotas. As lesões que fustigaram alguns dos mais influentes atletas tunisinos foram cruciais para o fracasso. A Costa do Marfim, posicionado no grupo da morte, praticou um futebol bonito, com paixão mas sem cabeça, e os erros defensivos foram cruciais para o seu afastamento dos oitavos. Saiu com duas derrotas e uma vitória mas ficou a sensação que poderia ter feito mais, principalmente no jogo com a Holanda onde foi muito perdulário. Marcou cinco golos e sofreu seis. A juventude dos seus atletas promete uma equipa mais forte e mais bem preparada em 2010, caso consigam o bilhete para a África do Sul.
A única selecção a conseguir a passagem a fase seguinte foi o Gana, mercê de uma derrota frente a poderosa Itália (muitos erros defensivos aqui) e de duas vitórias (2-0 a República Checa, onde dominaram e esmagaram, mas falhando golos a mais) e 2-1 aos EUA. Contra o Brasil, nos oitavos, a força canarinha foi bem patente embora na 1ª parte o Gana não merecesse estar em desvantagem. Perdeu por 3-0 mas o resultado não espalhou o que se passou no relvado. A selecção é jovem e promete muito na próxima Copa, se lá conseguir chegar.
Em 2010, com o Mundial em casa, talvez a prestação africana seja bem melhor.

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