Sporting 08/09: A garra; o título


No covil dos leões, apreciam-se ainda os restos mortais do dragão desnorteado que passou, há alguns dias, por solos algarvios. As fêmeas enredam-se nas jubas, os machos lançam, na atmosfera, grunhidos triunfantes: os outros bem podem falar em troféus do passado, que os presentes moram em Alvalade.

Entusiasmados pelo doce soluçar do actual Leão-Rei - um tal papa-taças conhecido na savana lusa por Paulo Bento -, os jovens leõeszinhos vão exibindo a sua garra crescente perante o resto (e os restos) dos machos.

Na selva portuguesa todos deviam agora baixar os focinhos e os bicos, quando a turba felídea surge, de rompante, no horizonte.

Ter bravos guerreiros como Liedson, Rochemback, Moutinho, Vukcevic, Derlei, "Cáneira", Polga ou "Tónel" só pode ser alvo de sequiosa inveja, por parte dos inimigos naturais. A estabilidade (nasceram poucos leões, nesta pré-época), o espírito vencedor e combativo (promovidos pelo tal Leão-Rei papa-taças) e, em particular, a musculada emancipação do novel goleador Djálo, são trunfos importantíssimos e a não descurar nas apostas para o Rei da Selva em 2008/2009.

Avisam-se os possíveis leitores para um facto invariável: sempre que faço este tipo de prognósticos a respeito dos adversários do Glorioso, costumo escrever uma gigantesca mentira, que o tempo acaba por desvendar.

Espero, muito sinceramente, que assim o seja, em benefício da trupe benfiquista.

Uma certeza: após o sucedido com os pupilos de Jesualdo, que bem desvalorizaram o Sporting e bem se arrependeram no Algarve, é obrigatório respeitar estes Leões.

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