Ataque ao TRI


Avaliando aquilo que é o plantel do FC Porto, posso dizer que apenas dois resultados são admissíveis no final da temporada: os títulos nacionais todos, ou a Taça da Liga, a Taça de Portugal e a Liga para os dragões.
O FC Porto perdeu unidades muito importantes, por força dos determinantes económicos e de mercado, que impede os clubes portugueses de se fazerem frente aos colossos do futebol europeu. Pepe deixou a defesa menos rápida nos movimentos, menos certeira, com menos capacidade defensiva, o que obrigava as linhas a estarem mais afastadas umas das outras.
Anderson levou a criatividade do meio-campo com ele, assim como a capacidade de romper as defesas contrárias com a sua visão de jogo, capacidade de passe e de penetração.
Mas como no Porto ninguém chora sobre o leite derramado, os dragões trataram de arranjar jogadores que suprimissem essas baixas: foram buscar Leandro Lima, que pelo que já se viu e apesar dos seus 19 anos, tem tudo para ser um grande jogador: rápido, habilidoso, tecnicista, remate, velocidade, um jogador que joga a “dez”. Depois para o lugar de Pepe foi buscar Stepanov, central de 24 anos, alto, forte fisicamente, algo lento mas que poderá melhorar com os jogos e com os ensinamentos do professor. De resto o meio-campo parece ter muitas mais soluções este ano, com maior capacidade física, mais poder de fogo, com as entradas de Kaz, Bolatti e Luis Aguiar.
Pelas alas temos alternativas válidas a Quaresma e Lisandro, com Mariano Gonzalez e o “dispensado” Tarik que teima (e bem) em querer ficar no plantel.
No atraque ganhamos também mais soluções, com jogadores diferentes que poderão adaptar-se a todos os sistemas de jogos e a todos os adversários: temos Edgar que garante presença física e luta nas alturas, temos o instinto matador do Adriano e ainda a capacidade de combinar e abrir espaços para a entrada dos colegas que Farias possibilita com as suas movimentações. E ainda temos Postiga, que não se sabe se fica ou não, mas se ficar, é um jogador móvel, que dá sempre muito trabalho a defesa contrária, se bem que peca na hora de matar as jogadas.
Enfim, temos um plantel com mais e melhores soluções do tínhamos no ano passado, logo as competições internas são para ganhar. E lá fora há que tentar passar a barreira dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.
E já agora, somos sempre candidatos ao título em Portugal. Nem que jogássemos com os juniores, seríamos candidatos ao título. Porque não entramos com essa de ganhar experiência. Não há tempo para tal. No Dragão só há tempo para os títulos e festejos. Nada de experiências. Se fosse para isso adquiríamos um laboratório.


Sem comentários: