O FC Porto e Pinto da Costa enfrentam um dilema neste momento, depois de terem sido notificados pela Liga com notas de culpa nos jogos FC Porto-E.Amadora e Beira Mar-FC Porto, referentes a época 2003/2004, ano em que os dragões venceram a Liga dos Campeões, a Supertaça e a Liga Portuguesa.
O dilema prende-se com o que o FC Porto entende como sendo prioritário nesta altura. O clube incorre numa pena que pode ir até a subtracção dos seis pontos nos referidos jogos, pontos esses que podem ser deduzidos ainda nesta época, ou, mais tardar, na época seguinte onde o FC Porto poderia começar a Liga, na pior das hipóteses, com menos seis pontos.
O dilema está em ir até as últimas consequências e provar a inocência, ou então abdicar da defesa para que a sentença seja proferida em tempo de os possíveis seis pontos serem deduzidos esta época, quando o FC Porto leva 14 pontos de vantagem sobre os vice-líderes.
Pelo que tenho lido e por aquilo em que se baseia a acusação, o FC Porto pode vir a ser absolvido pela Liga e declarado culpado pela justiça civil ou acontecer o contrário. O que interessa ainda mais é a parte da justiça desportiva. O clube sabe que aquilo que a acusação tem não é tão forte, e que os argumentos que possui são mais do que suficientes para ganhar o caso, tanto na justiça desportiva como na civil.
Várias pessoas ligadas ao clube tem defendido que o FC Porto deve ir até as últimas consequências, utilizar todos os argumentos possíveis, mesmo correndo o risco de começar a próxima época com menos seis pontos. Mas também há quem defenda que o clube deve deixar as coisas como estão e ver os possíveis seis pontos serem subtraídos agora, o que levaria a que a festa do título fosse com o Benfica (se os dois fizerem os mesmos resultados até esse encontro).
P.S.: Muitas são as vozes portistas que pedem a demissão de Pinto da Costa. Eu considero que, mesmo que ele seja declarado culpado, e se a pena não for muito pesada, deve continuar. Deve porque não vejo neste momento alternativa credível para continuar o seu legado…
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