Dos autores

O futebol por quem pouco estuda ou percebe o futebol, mas muito preza e consome o futebol.

Evandro Delgado, um jovem cabo-verdiano-quase-português, é gestor de conteúdos desportivos online e brilhante general nas batalhas dragonenses. Gosta de cerveja, mulheres, praias e dragoeiros.
Na sua recém-publicada autobiografia, assegura ser um «jovem com algum tempo nesta era de televisão, um fanático do futebol, um apreciador da vida…».
Nunca venceu um torneio de Pro Evolution Soccer, mas melhorou bastante nos últimos meses. Tem gripes com alguma frequência e não regressa a Cabo Verde desde que pisou solo português, em 2000. Auspicia ser, um dia, um marco no jornalismo cabo-verdiano. Assim seja!

Guilherme Pires é benfiquista desde que o pai o proibiu de ser do Sporting. Tinha poucos anos de idade, era facilmente impressionável e foi pressionado a viver na casa do vizinho - almofada e boneco favoritos já dentro da sacola - caso mantivesse a ideia de passar a apoiar os leões. Bendita a hora em que Deus nosso Senhor decidiu criar o pai Zé.
Hoje, o jovem jornalista/investigador da Formalpress (o que é ser investigador? não sei) sofre imenso com a falta de qualidade do futebol do Glorioso. Raramente chora, mas verteu duas lágrimas em 2005, quando o jogo do Bessa terminou e a festa começou. Encerrou essa noite no Estádio da Luz, às 4:34, com uma invasão de campo e as celebrações estragadas. Desde esse dia que não sorri.
Tem memória de peixe e faz questão em cheirar a comida antes de se aventurar na mastigação. Gosta de céus encobertos, chuva miúda, folhas caídas, o cheiro da terra ensopada e do Outono. Coisas de beirão.

José Nuno Batista (Batista sem “p”, como tanta questão faz de frisar) é um homem de coração dividido. A sua paixão pelo Benfica confunde-se com o seu amor ao Belenenses, clube ao lado do qual foi crescendo e aprendendo as amarguras, as dificuldades e as injustiças por que passam os clubes fora do panorama dos três grandes.
Tornou-se, assim, num defensor das causas dos oprimidos, defendendo os clubes mais modestos sempre que estes vêem a sua honra ferida (embora, por vezes, o lado vermelho do seu coração não lhe permita ir ainda mais além). Famoso por, com frases curtas, secas e directas, ser capaz de deitar abaixo tudo e todos os que cometam injustiças, “Zé Batista” partiu para os Açores para trabalhar numa rádio e, ao mesmo tempo, encontrar novas causas e clubes esquecidos para defender, “porque os pobres também têm voz”, como sublinha frequentemente.

Pedro Miguel Marques nasceu em Lisboa, em Setembro de 1982, na freguesia do Campo Grande, o que o faz afirmar-se como “sportinguista desde o primeiro dia de vida”. Desde tenra idade levado com frequência por seu pai ao Estádio José Alvalade, depressa se foi apercebendo das injustiças de que os “verde-e-brancos” eram alvo no nosso futebol. Depois de 17 anos a ouvir a clássica pergunta “Porque é que és do Sporting, se nunca o viste ser campeão???”, a sua dedicação foi, finalmente, recompensada com os festejos da conquista do título de 1999/00.
Aos poucos viu crescer dentro de si um “anti-benfiquismo” mordaz, que assume sempre sem problemas. Adepto do bom futebol, de “minis” fresquinhas, gajas com pouca roupa e de um bom bolo de chocolate, passa os seus dias a trabalhar de forma a garantir a qualidade da informação da versão portuguesa do site da UEFA (pt.uefa.com), a jogar “Hattrick” e a aprofundar a sua cultura desportiva, mais-valia que lhe permitiu já levar a melhor em diversos “tira-teimas”.

Roberto Bertozi é um cara honesto, culto e porreiraço. Deixemos falar o seu epitáfio no Pressão-Alta original: «Jornalista brasileiro que se arriscou por essas bandas da Europa, conheceu essa turma de viciado em Play Station e criou um laço de amizade que vai além do oceano. ah! e futuro mestre da Universidade Nova de Lisboa».
Bem, isto de epitáfio não tem nada. O Bertozi entretanto regressou ao Brasil e é docente universitário e jornalista.
Adepto do Cruzeiro e do Sporting Clube de Portugal, demonstra ter mau gosto: toda a gente sabe que os maiores vestem de vermelho (força, Flamengo!). Defende que o Ronaldinho não é nada em comparação com o Ronaldo original, o “el gordo”, porque jamais tornou a ter o privilégio de apreciar jogadas como as que o franzino Ronaldo fez nos dias em que vestia a camisola do Cruzeiro. Terá razão neste caso: o Ronaldinho é um produto dos media, toda a gente sabe isso.

2 comentários:

Roberto Bertozi disse...

Por aqui, quem veste azul faz a diferença!!!

ESD disse...

os azuis sao os mais esclarecidos, bertozi, nao tenhas duvidas nisso.

também fiquei fã do cruzeiro. no brasil gosto das equipas de azul: cruzeiro, gremio, sao caetano...

destesto o vermelho. nao sei pk...