Hoje saí do trabalho com uma ideia na barriga: juntar as natas aos ovos à farinha ao açúcar ao fermento ao café ao chocolate ao limão e fazer uma delícia de bolo, para acompanhar alguns dos próximos serões e oferecer aos amigos que por aqui passarem até, talvez, quinta-feira.
Entretanto começou o jogo da Luz e recebo uma mensagem do pai Zé a convidar-me a não ir ao estádio. Respondi-lhe: "nem sequer vou ver o desafio na televisão".
E o bolo já estava no forno (a massa está fabulosa).
Ao intervalo, 0 a 0 na Luz e a massa padece de escasso crescimento. Aguarda-se mais um pouco. Já o Mantorras coxeava em campo e sucedia a primeira substituição na minha casa: o bolo (que bem cheira!) sai do forno e vai arrefecer para a janela. O chocolate estava pronto a entrar, mas era ainda cedo.
Primeiro tinha de dar o dito por não dito, e saltar até ao café para beber um café (por acaso estava a dar o jogo na televisão).
Demorei 35 minutos a beber o café. Cheguei a casa nervoso e enervado (cheira a bolo de limão e café, e a chocolate quente). Alguns minutos depois, o telemóvel apita novamente: "ja nos f*d*-mos".
Receita para a desgraça - Os ingredientes são os mesmos 11 de sempre. A meio do período de cozedura (45 minutos), faz-se uma cara de esforço e junta-se um pouco de cacau. No final dos 90' tira-se o bolo do forno e parte-se de imediato. Junta-se as mãos de um benfiquista nervoso e enervado, barra-se o chocolate e esborracha-se um pouco da massa (aqui viramos o bolo ao contrário).
Resultado? Um convite a todos os sportinguistas e portistas que conheço.
Tenho um bolo para vocês.
Pai Zé: "Estás proibido" (sms recebida, hoje, às 19:45) Venham comer uma fatia. É a fatia dos campeões. Do bolo dos campeões.
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