
Eu não vi Bento a jogar. Mas ouvia os relatos pela rádio e ouvia o meu pai, mais portista do que eu, vociferar para a rádio para o desgraçado do Bento que não deixava o Porto marcar. Sempre ouvi dizer bem do Bento. Que era muito bom entre os postes, muito elástico. Que fazia defesas impossíveis.
Bento partiu, após um ataque fulminante do coração, com um remate à vida. Bento voou, voou mas não conseguiu lá chegar. Um remate mesmo ao ângulo, desta vez indefensável para Manuel Garlinho Bento. Foi golo. Um golo que lhe valeu a derrota indesejável, última derrota do
Homem de Borracha. A derrota que levoulhe o troféu da vida.

Obrigado Bento, por todas aquelas defesas...as que só vi na TV e as que irritava o meu pai, nos relatos dos clássicos Benfica-FCPorto.
No dia em que nos deixou, esqueçamos a clubite aguda e prestemos homenagem a Bento.
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