O que conta é o destino final..

Muito se tem falado aqui em fábrica de talentos, em génios saídos de Alvalade (e não da Academia, que funciona há menos de 5 anos), e outros que despontaram na Luz. Convém dizer que muitos desses génios, desses meninos prodígios, acabaram por ser flops, quando mudaram de ares. Conta-se pelos dedos as dezenas de estrelas emergentes na Luz que atingiram a ribalta do futebol. Nesse aspecto, o Sporting tem sido o mais consistente mas também o mais "pedófilo", já que, mal deixam os biberons e os seus jovens já estão fora de Alvalade a troco de tuta e meia. Não há tempo para ve-los crescer, deixa-los amadurecer um pouco (Será que temem a caída dos putos em desgraça e assim perder a oportunidade de os impingir a alguém, sedente de talentos???Fica a dúvida/pergunta). O Marques tem razão quando aponta o exemplo dos vários atletas formados em Alvalade e que hoje brilham nos quatro cantos do mundo. Convém realçar que o Sporting não chegou, nem de perto nem de longe, a tirar partido desses mesmos talentos, já que os comercializou ainda estão verdes: Cristiano Ronaldo, Quaresma, Hugo Viana, Dani, Figo, para falar nos mais mediáticos. Porque no Sporting, mal começam a dar os primeiros passos na bola e mal surja uma proposta, os putos são corridos logo, a troco de umas migalhas.
Mas eu estou aqui para falar no FC Porto. Dos três grandes de Portugal, apenas os dragões tem sabido tirar partido em vendas de jogadores, graças a paciência e sabedoria de Pinto da Costa. Os jogadores mais caros a sairem de Portugal partiram do Sá Carneiro, em troca de milhões que alimentam cada vez mais esse monstro chamado FC Porto.~
Quando Vitor Baía abandonou as Antas, foi o guarda-redes mais caro na hostória do futebol. O Barcelona foi o destino mas com ele levou também o lugar de número 1 na baliza azyl-e-branca. Até o seu regresso, muitos foram os que suspiraram pela sua presenção nas redes do FC Porto, já que os seus substitutos, uns menos maus do que outros, faziam desesperar tripeiros, ao mesmo tempo que davam alegrias a lagartos e lampiões. Um diferendo com Van Gaal e lesões prolongadas, fizeram com que o jogador com mais títulos a nível mundial, não deixasse saudades na Catalunha.
Jorge Andrade deixou saudades no FC Porto e partiu para a vizinha Corunha, a troco de mais de dez milhões de euros ( não sei o preço ao certo).
Dos negócios mais recentes de Pinto da Costa, destaca-se as vendas pós Liga dos Campeões. Ricardo Carvalho saiu para o Chelsea a troco de 30 milhões de euros, Deco trocou a Invincta pela Catalunha por 21 milhões de euros, Paulo Ferreira foi seduzido pelos milhões de Abramovic e ingressou nos blues, usando na camisola o número do seu preço: 20 milhões de euros. Maniche e Costinha trocaram o calor lusitano pelo frio do Dinamo moscovita , com os cofres dos dragões a encherem com mais 25 milhões de euros.
Sem falar em Sérgio Conceição (quando saiu, rendeu bons milhões aos dragões), Fernando Couto, Secretário, Zahovic, Jardel, Doriva, Paredes, Emerson, entre outros.
O Sporting e o Benfica nunca venderam um jogador por 20 milhões de euros. Uns porque não valiam esse valor, outros porque não houve paciência e jeito para o negócio (Cristiano Ronaldo, se ficassse mais 6 meses, podia ser vendido pelo dobro do preço que foi negociado).
Pode-se questionar se os jogadores vendidos singraram nos respectivos clubes. Alguns sim, outros não, mas a maior parte deles conseguiu deixar a sua marca por onde passaram. Deco foi eleito para o onze de sempre do Barcelona, ao lado de astros como Maradonna, Romário e Ronaldinho. Ricardo Carvalho é um dos intocáveis no Chelsea de Mourinho. Fernando Couto, depois de uma passagem pelo Barcelona, regressou ao Parma onde está há muitos anos e continua no activo no clube.
Alguns deses jogadores tiveram passagens por outros clubes mas foi no FC Porto que atingiram o seu auge e foi o FC Porto que os projectou para a ribalta do futebol.
Já agora, nunca ouvir falar, nem mesmo sobre a forma de suspeita, de doping no FC Porto. Parece mais a coisa do Sul lusitano.
Meus senhores, o que conta não é o lugar da formação mas sim o destino final. Num mundo globalizado onde o futebol é uma indústria em crescimento, falar em jogadores da casa é quase um milagre. O que importa é conseguir mais valias com eles.

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