
Mas não era o jogador fundamental da Luz. Nem capitão. Nem indispensável. Nesse ano João Vieira Pinto tapava o caminho a qualquer jogador português, Figo incluído.
Volvidos 12 anos Rui Costa regressa ao berço, as gentes animam-se, o presidente convence novos sócios e o jogador promete dedicação. Não se espere muito mais do que isso de Rui Costa: o talento é-lhe inato, o prazer em admirar os seus passes inesperados é imenso, mas a verdade vai quase sempre nua. Agora o tempo começa a mostrar a verdadeira face do Rui que regressa. E não é bonita.
Ontem o Benfica foi claramente dominado pelo bom futebol da equipa de Paulo Bento. Mal o número dez benfiquista desabafou que não ia aparecer em campo logo os outros 10 se acomodaram e perceberam que não havia volta a dar. Pode-se questionar a escolha táctica de Fernando Santos, a vontade sôfrega de romper com o passado recente, a falta de opções para adoptar o 4-3-3, é justo que se faça. Mas enquanto que o clube do leão e os francesinhos têm talento jovem e ansioso por títulos, o Benfica conta que Rui Costa solucione todos os problemas. E já agora que não se canse muito.
Montar uma nova equipa em torno do número 10 dificilmente fará da Luz um palco temível. Em vez de uma ópera gloriosa desta vez o prelúdio parece anunciar um ano de desgraça. Rui Costa é um dos melhores jogadores portugueses da história, mas ficou sentado por lá. Já não tem estofo físico para levar uma equipa consigo, atrás das suas ideias e talento. Tem muito para dar ao Benfica, sem dúvida - mas não sozinho. Para isso é preciso multiplicar o 10 Rui Costa por dois.
Engraçado. Dá 20.
1 comentário:
leõezinhos embalados
na relva quase um esplendor
será que estão programados
p´ró que há-de vir, bem pior?
À passarada do alto
deu-lhe uma pausa de mais:
Ficamos em sobressalto
ou é só milho p'ra pardais?
ZIP o improvisador
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